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Inércia - uma crônica

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Luh Oliveira 25/05/2010 Tenho pensado numa força estranha que por vezes se apodera da alma humana: a inércia. Aquela falta de vontade para tudo, sem ação, sem reação, sem tesão. Parece que nada a sua volta tem cor, é tudo preto e branco sem vida. O amanhecer vem pesado, o café-da-manhã não tem sabor, o aroma do café é água salobra. Sua casa se torna uma prisão; a rua, uma praça de guerra; o trabalho, um campo de concentração nazista. Qualquer pessoa é melhor que você, qualquer um pode fazer melhor aquilo que você faz, você é um nada com pernas que pesam o solo da angústia. A inércia é uma força poderosa que se instala sem pedir licença e toma conta com tamanha voracidade que mal percebemos. Quando você se olha no espelho, ela está lá, estampada em seu rosto, fazendo careta, fazendo com que você se sinta a pior pessoa do mundo, com os piores problemas, com o pior corpo, com a pior mente. Nada presta. E ela costuma se instalar por dias a fio, até mesmo por meses e anos. Às vezes ela dá u