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Mostrando postagens de agosto, 2009

Pedinte

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Luh Oliveira 02/08/2009 Que importa se tua língua rasga cada tatuagem em minha pele e teu suor escorre em meu ventre faminto, se dentro de mim apenas tua voz grita implorando migalhas de amor?

Endógeno

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Luh Oliveira 20/08/2009 musicalmente teu corpo baila movimenta o chão que irradia teu brilho silencioso e cadente entre as estrelas que adornam o infinito Insinuante delírio que hipnotiza leva –me a dedilhar notas sustenidas de um acorde infindável trafegas pelo ar tão mansamente que mal sinto teu pés nos meus de olhos fechados navegamos espaços indefinidos nas entrelinhas de minhas coxas tuas coxas te reconhecem umedece-me o solo fértil e neste momento somos apenas partitura de uma desconhecida canção

Contrariedade

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Luh Oliveira 11/08/2009 05:42h Ainda posso sentir o perfume inundando a pele acariciada por mãos intensamente o olhar desnudo o desejo que pede tudo entrelaçados numa ilusão dois corpos se doam ao som do infinito a aurora traz a crua verdade: já não andamos na mesma direção.

Inexistir?

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Luh Oliveira 21/08/2009 É incrível o quanto a morte de um ente querido nos faz refletir sobre a vida ou o fim (?) dela. Encarar um corpo gélido, pálido, envolvido em flores e perceber que nunca mais iremos ver os olhos brilhando, o sorriso, as expressões faciais, ouvir a voz...Por alguns instantes dá-nos até a impressão de estarmos vendo o sono velado, sorriso nas entrelinhas da face. Por mais que crenças religiosas possam tentar confortar a dor da perda, é impossível não senti-la. É impensável não sentir a dor de quem chora o desespero, a saudade que não cabe em si. Pode haver vida após a morte, pode haver eternidade, pode ser que viveremos num paraíso celestial, mas o paraíso que conhecemos é este: o da carne, o do toque, o da pele, da voz. A ausência da alma dói. Ver num caixão um corpo querido, antes aconchegado, abraçado, sadio, é prever-se também. É entender que nada somos ou que somos todos tão iguais e não levamos absolutamente nada conosco, apenas deixamos lembranças e rastros

IntiMim

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Delicadamente a espuma multicor passeia pela pele curto-circuito embala o desenhar dos dedos que acariciam-me gemido sussurro prazer solitário acompanhado de fantasias que se dissolvem na explosão do gozo.

Conflito

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Luh Oliveira 11/07/2009 Há um silêncio ensurdecedor dentro de mim na calada desta noite sem fim Barulhos de carros na rua e o tic-tac do relógio por vezes conseguem penetrar neste diálogo incessante que a cada segundo torna-se mais conflitante Desejos evasivos invadem pensamentos que viajam inutilmente em torno do próprio eixo -solitariamente- Solidariamente sonhos abarcam a dor à deriva resgatam do alto mar o pulsar desfacelado pela rotina do desdém Pela janela entram os primeiros raios de sol que apartam o cruel duelo entre meus eus

Parto

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Luh Oliveira 24/07/2009 Tenho frio essa imensa massa humana a correr de um lado ao outro não aquece minha alma sinto-me vazia a sobrevoar o infinito em tons anis meu corpo leve cânfora a quem o vento acaricia sussurrando acordes de neon por um instante abarco em mim todo sentimento do mundo plenitude na essência não preciso do calor da multidão sou eu a luz que ilumina os caminhos alheia está em mim o magma da vida em mim transcende o tempo em mim percorrem os dias em mim está a força da palavra que precisa ser dita em mim estão os versos que nascem poesia em mim está a poesia

Nua

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Luh Oliveira teu olhar desnuda desejos esquecidos lambe a pele de lembranças duas taças escorrem vinho tinto na pele bronzeada cenário de descobertas mapa recém-descoberto no vai e vem das fragrâncias que exalam de mim teu olhar me veste de fantasia dourada que jamais acaba eco vindo das ondas do mar que ancoram em tua varanda na madrugada vazia desejos nus vestiram tua cama e tu nem notaste!

MagicDance

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27/07/2009 No gingado de corpos entrelaçando-se em passos silentes - sensualmente – rodopiamos no ar envolvidos como beijo lento zoukeando em ritmo lambailamos ao vento suaves acordes pulsar que avança braços e pernas se rendem à fantasia da dança

No ar - para Taynah Melo

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Para Taynah Melo 23/05/2009 segue a melodia que vem do peito em passos suaves baila no ar rodopia, rodopia leve é a sua alma sapatilha de nuvem saltita por entre estrelas e brilha em nossos olhos doce menina postura de deusa olhar de uma flor que teus passos sigam o sucesso teu caminho de amor!