Não sei
Não seu porque sinto. Não sei porque penso. Não sei se sinto ou penso. Sinto ou penso? Talvez, como relâmpago, Bate dentro do meu ser extravagante O sentimento mais mesquinho E mais desonesto – em fachadas de luz – Vibrando lentamente A rapidez da escuridão. Pronto1 Fechou-se! Acabou! O dia está claro, As idéias estão claras Você está clareando à medida Que o sol se levanta. Passou. Que bom! Não sei se rio. Não sei se choro. Rio ou choro? Estou com vontade de embebedar Seu beijo e molha-lo -lavando o sujo da sua imundície – para dentro do meu ser vulgar em desespero totalmente embriagado pelo veneno de seus olhos sanguinários pórticos falsos.