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Mostrando postagens de outubro, 2009

Fim

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Luh Oliveira 28/10 16:48h se não sabes utlilizar teu dom com as palavras cala-te de vez não confundas tuas letras com o erro das tuas retinas exorciza teus versos assassina tuas rimas afoga a tua sensibilidade no lago negro do esquecimento o mundo não precisa de teus versos leva-os ao poço de lágrimas que nascerão de tua infeliz poesia

Jazigo

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Luh Oliveira 28/10/2009 12:00h Aqui jaz Um emaranhado De versos tolos Sem sentido Mal feitos Mal vistos Novelo de rimas Esbranquiçadas Paraplégicas Envelhecidas Deixa apenas Um rastro De perfume seco Nas trilhas Da terra molhada - desejo de ter sido- E nada mais

Estação

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Luh Oliveira 31/10/2009 08:57h bem que já sabias que esta coisa de destino é coisa fugidia se já estavas acostumada a viver no paraíso de desilusões por que tentares elevar os números da insensatez? há uma primavera para cada flor o inverno tem sido rigoroso com tuas rosas cálidas a um sinal de chuva abre-se em pétalas viçosas e ardentes depois seca desabotoa murcha a espera de um arco-íris em alguma estação que ainda virá

Fugidio

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Luh Oliveira 31/10/2009- 08:43h ele vem chega sorrateiramente como quem nada quer adentra tuas defesas faz-te vulnerável as palavras e caricias não avisa nem deixa pistas apenas olha-te profundamente e te faz refém do toque e das fragrâncias que passam a ter moradia em teu âmago chega com voz doce palavras amenas conversas intensas e quando sente que já és presa bombardeia-te com frases duras olhares indecisos e vai embora deixando rastros impagáveis em teu coração

Sem

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Luh Oliveira 28/10 16:46h nada mais faz sentido não há ponto de encontro não há elo em comum tudo é jogo desfeito carta bandida bandeira estendida não há passo certo falso piso nenhum grito apenas há de ser tudo branco sem definição é assim que meu mundo vive lado a lado com a solidão

Antemim

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pedra no sapato momento errado calo nos dedos morrer de medo dor de cabeça virar a cabeça bola na trave ficar no empate tudo incorreto nada certo assim sou eu alguém que ainda não nasceu

Loteca

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Luh Oliveira 09/10/2009 20:55h não há motivos para tentar qualquer maré é difícil de enfrentar lutar contra o tempo brigar com o destino nada existe é delírio, desatino tudo já foi escrito não há mais rima nem versos brancos a inspiração faleceu pareceu morta só resta seguir o roteiro fazer sorteio de mim pra mais ninguém

Vinte

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Luh Oliveira 25/09/2009 20:21h em vinte voltas os minutos mudaram o curso do rio encontro de céu e mar sol e lua vendaval calado se aproxima da costa intenso temporal ameaça barreiras cristalizadas pelo tempo lapida grades esculpe sonhos mescla cores desfacela muralhas turbilhão de sensações já esquecidas medos ressurgem redemoinho passos incertos encruzilhados caminhos não sei mais o que fazer

Nada

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Luh Oliveira 21/10/2009 Sou o abismo que desfaz de mim mesma breu que chora implora luz quer ser mar estrela, lua qualquer coisa que cuspa o vazio incessante que se apossou da minha alma flashes...flashes feixes de vida que querem sumir

Transbordo

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Luh Oliveira 25/09/09 19:51h   quero morrer poesia  ter o direito de me reinventar  todos os dias  deixar de ser eu  sendo todas as faces  que me aprisionam   quero poder ser insana  falar coisas sem nexo  ser meu próprio sexo, desconexo  prazer de coisa alguma   quero criar meu próprio deus  adentrar minhas sagradas capelas  redigir escritos  pedir exílio  ser ateu, prometeu  desvairada profeta   quero modelar meu corpo  no negro barro  que esconde minha face  e me invade  e transcende  tudo que em mim  já não cabe mais.

Moeda

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Luh Oliveira 14/10/2009- 16:35h chama-me e expulsa-me da tua vida com a mesma intensidade com que me beijas bebe do meu corpo cospe em minha carne lambe-me o âmago cospe-me a alma entrelaça-me e manda-me embora com a mesma voracidade com que me penetras abre as portas não me permites entrar abre as janelas há grades dois homens num só rosto dois desejos num só corpo desatinado desejo que entorpece-me com o olhar e quando busco por mim já estou aprisionada em tua ambígua teia

Indagações

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Luh Oliveira 03/08/2009 14:28h de que adianta acender a luz abrir as cortinas deixar a brisa adentrar pela janela se todas as portas estão trancadas sem chaves sem sorrisos? de que adianta falar de paz comer o pão beber o vinho que se fez sangue se todos os grãos estão bichados e não há terra fértil para germiná-los? de que adianta ser mulher se nem mesmo consigo ser eu?

Desafinada

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Luh Oliveira 03/08/2009 – 14:36h hoje apenas hoje quero esquecer os compromissos todos os horários não cumpridos o trânsito a casa os filhos a hora do terço os pais os riscos e entregar-me a mim mesma em total devoção abrir porteiras drenar lagos unir meus eus fazer-me mulher todas a notas de uma única canção